Alter do Chão, lá no meio do Pará, já foi reconhecida como a melhor praia do Brasil pelo jornal britânico The Guardian, e a vila nem fica perto do mar! Isso mesmo, a praia de Alter do Chão é de água doce. O aquífero Alter do Chão fica às margens do Rio Tapajós, um afluente do Rio Amazonas, a 30 km de Santarém e mais de 600 km de Belém. Até o príncipe Charles já deu as caras por lá. Mesmo assim, Alter do Chão continua desconhecido para muitos brasileiros – por pouco tempo.

Você nem vai perceber que Alter do Chão fica longe do oceano. Primeiro porque a água do Tapajós é verde-azulada e cristalina, é fácil ver os peixes no fundo do rio. Segundo, e mais impressionante, é porque o Rio Tapajós é tão grande que é difícil enxergar o outro lado da margem. O rio chega a ter 19 km de largura em algumas partes. A sensação é mesmo a de estar olhando para horizonte no mar. Na época de seca, mais de 100 km de praias de areia branca são formadas nas margens do Tapajós. Alter do Chão é um desses paraísos.

O que fazer em Alter do Chão

A estrela principal de Alter é a Praia do Amor. A ilha fica pertinho centro da vila e começa aparecer quando as águas do Rio Tapajós baixam. Canoeiros levam e trazem as pessoas do centro para a ilha o dia todo. Na ilha do Amor, você aproveita as barraquinhas, toma sol e pode nadar nas águas mornas e calmas do rio. Se estiver animado, alugue um caiaque e passeie no lago verde, do outro lado da ilha do Amor, você vai passar pelos igapós (paisagem de árvores submersas) e igarapés (pequenos cursos de água) do Tapajós.

A Ilha do amor fica visível na estação seca. © Belas Praias Pousada

Outro passeio comum em Alter do Chão é o pôr-do-sol na Ponta do Cururu, um banco de areia no meio do rio que forma uma paisagem de cair o queixo. Parece que você está andando nas águas do rio. Bem, lembre-se que são 100 km de praias ao longo do Tapajós, então não falta opção para conhecer.

As areias brancas de Alter do Chão © lubasi

O encontro da água azul do Rio Tapajós com a água marrom do Rio Amazonas na cidade de Santarém também é imperdível. A diferença de cor e densidade das águas criam um espetáculo diário. Em Santarém ainda, no mercado dos peixes, você pode encontrar os botos cinza e rosa que aparecem para comer os peixes oferecidos por pescadores e alguns turistas.

O encontro das águas entre os rios Tapajos e Amazonas em Santarém.

Se você for ficar mais tempo, outro passeio imperdível é a Floresta Nacional do Tapajós, a Flona. O passeio geralmente é feito nas comunidades do Jamaraquá e Maguari e deve ser guiado. A parte mais legal é que os guias são ribeirinhos que conhecem muito bem a as árvores e os animais da região. O passeio pode ser contratado no hotel ou pousada. Você escolhe entre uma caminhada na floresta ou passar a noite na comunidade ribeirinha – o que nós recomendamos. Tem até opção para quem quer acampar no meio da floresta. Uma dica para quem procura calmaria é ficar em Alter durante a semana e conhecer a Flona no fim de semana, quando as praias costumam receber mais visitantes.

À noite, as pessoas se encontram na praça da matriz, onde estão a maioria dos barzinhos e restaurantes de Alter. Às vezes, tem música ao vivo e festa para dançar carimbó no Espaço Alter.

O que comer em Alter do Chão

Tanto Alter do Chão quanto Santarém são bons lugares para desfrutar da surpreendente culinária paraense. O mercado municipal de Santarém vale uma visita para provar a frutas amazônicas, como taperebá, bacuri, cupuaçu e ainda conferir todas as variações de farinha de mandioca disponíveis.

Os peixes são o filhote amazônico, pirarucu, tambaqui e tucunaré, todos são muito saborosos e frescos. Nas barraquinhas de rua, você pode provar bombom de chocolate com cupuaçu, e o tacacá, caldo feito de tucupi (o sumo fermentado da mandioca brava), camarão seco e jambu (a ervinha paraense que adormece a boca). Outro prato típico é a maniçoba, cozido de carne com as folhas trituradas da mandioca que fica no fogo por 7 dias. Aproveite para aplacar o calor nas sorveterias que também têm sabores de frutas amazônicas, como a Sorveteria Nido, em Santarém.

Para conhecer um pouco dos 100 km de praias, a melhor opção é um passeio de barco pelo Tapajós. © Belas Praias Pousada

Melhor época para visitar Alter do Chão

Não existe a melhor época para viajar a Alter do Chão. Mas você vai encontrar paisagens bem diferentes ao longo do ano. Alter do Chão e a região amazônica em geral são conhecidos por terem duas estações: a chuvosa e de seca.

A época das chuvas é o primeiro semestre. Em janeiro, as chuvas começam. O rio Tapajós fica cheio em junho, então boa parte das praias fica encoberta pelas águas nesta época. Mas é ótimo para passear de barco. Em julho, a seca começa e dura até o início do ano. Setembro, outubro e novembro são os meses mais procurados por turistas, porque as praias ficam visíveis. No começo do ano, as águas estão tão baixas que o fundo do rio pode ficar um pouco mais barrento. Alter recebe mais turistas no ano novo e no Sairé, a festival do boto no meio de setembro.

No momento em que o sol se põe, pescadores preparam suas canoas para saírem para pescar. © lubasi

Como Chegar a Alter do Chão

O aeroporto mais próximo de Alter do Chão é o de Santarém. Tam e Gol são as companhias aéreas que fazem voos de Belém e Manaus para Santarém. Em Santarém, é possível pegar um ônibus ou táxi para Alter do Chão.

Hotéis e Pousadas em Alter do Chão

Como não amar uma vista destas? © Belas Praias Pousada

Momondo tem 26 opções de hotéis e pousadas em Alter do Chão. Uma escolha para quem quer ficar de frente para a ilha do Amor é o Hotel Mirante da Ilha e a Belas Praias Pousada; e preços bons e ambiente descolado é no Hostel Pousada Tapajós. Reserve já seu hotel em Alter do Chão.

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