Gaúcha radicada em São Paulo, apaixonada por tecnologia e viagens nos conta detalhes do que é ser uma lifestyle traveler no mundo atual. Confira os detalhes na entrevista abaixo.

1. O que viajar representa para você?

Viajar é colocar a vida em perspectiva, é mudar de tempo e de espaço, de eixo, de ponto de vista. Viajo não só para conhecer outros lugares, culturas, culinárias e pessoas, mas também para me conhecer e reconhecer nesses outros lugares, culturas, culinárias e pessoas.

2. Quando e qual foi o destino para onde você foi sozinha pela primeira vez?

Em 2010 eu fui para Paraty, no Rio de Janeiro. Tinha alguns dias de folga para tirar no trabalho e uma vontade imensa de participar do Festival Internacional de Literatura de Paraty. Juntei o útil ao agradável e ainda fiz uma oficina literária.

3. Por que você viaja sozinha? Como isso te enriquece?

Para mim, viajar sozinha é uma forma de autoconhecimento. É muito bom viajar acompanhada, mas quando se viaja com outras pessoas é preciso administrar outras vontades, outros quereres — e tudo bem, faz parte, e é muito legal também. Mas quando se viaja sozinha é só você com você mesma: todas as decisões são suas e não tem ninguém observando elas, logo, não já julgamento. É você consigo mesma decidindo se vai ficar dormindo ou sair para passear. É perceber quais são as suas vontades e quereres e só respeitar eles.

4. Quais são os seus conselhos para organizar uma viagem sozinha?

Especialmente para as mulheres meu conselho é que é sempre melhor prevenir do que remediar. Não corra o risco de estar sem lugar para dormir ou de ter que chegar tarde num lugar não muito seguro. Infelizmente, ainda é preciso ter cuidado redobrado, então além de deixar tudo pronto, troque ideias com pessoas que já foram para o mesmo lugar para que você tenha todas as informações que precisa antes de ir.

5. Você poderia contar algo que aconteceu em uma das suas viagens e que impactou a maneira como você viaja?

Certa vez, numa viagem a trabalho – e várias das viagens que faço sozinha começam com uma viagem a trabalho – eu resolvi ficar uns dias a mais e aluguei um hotel num desses sites que você aluga pelo valor, sem saber exatamente qual é hotel, apenas a região. Eu já tinha feito isso uma outra vez e tinha dado certo, mas desta segunda vez eu fui parar em um hotel muito distante da parte habitada de Las Vegas, nos Estados Unidos. Chegando no quarto, quis chorar, liguei para meu ex-namorado dizendo o quanto estava com medo. Além de fedido – era tanto cheiro de produto de limpeza que o cheiro ficava pior -, o teto era baixo e a porta mal trancava, com sinais de arrombamento. Coloquei todos os móveis possíveis e imagináveis na porta do quarto e deitei de roupa, para tentar dormir, com a luz acesa, é claro. Ainda tive que encarar mais uma noite nesse lugar, mas prometi para mim mesma que nunca mais faria algo do tipo porque minha segurança é prioridade. Nada aconteceu, é claro, mas isso estragou boa parte da minha viagem e nunca mais fiz algo do tipo.

6. Como é percebido no Brasil o fato de uma mulher viajar sozinha?

Acho que a depender da cidade ainda pode rolar um estranhamento, mas eu nunca tive muitos problemas. Também foram poucas as vezes que eu disse que estava sozinha. Prezo muito pela minha segurança, então sempre tem uma amiga imaginária quando perguntam.

7. Para que estilo de mulher a viagem solitária é perfeita?

Viajar sozinha é para todo mundo, basta querer se conhecer e passar um tempo apenas consigo mesma.

8. Qual é o destino perfeito para uma lifestyle traveler e por quê?

Cidades com muitas opções culturais. Eu, particularmente, acho que destinos de aventura são melhores quando feito em grupos, ou com guias, então quando resolvo viajar sozinha é para explorar cidades com opções culturais, ou que tenham algum festival acontecendo, que deixe a cidade ainda mais interessante, com opções do que fazer a qualquer hora do dia ou da noite.

9. Como lifestyle traveler, quais são as suas atividades favoritas quando você viaja sozinha?

Visitar todos os museus possíveis e comer em bons restaurantes de comida local.

10. Numa frase, o que diria para inspirar outras mulheres a viajar sozinhas?

Você ainda é a sua melhor companhia! Estreite esse laço.

 

*Leia mais sobre a Emily, suas viagens e dia-a-dia no Ada.vc e no @cantonunes

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